Todos nós herdamos informações genéticas de nossos pais,que indicam um potencial final de crescimento. Para atingirmos esse potencial é necessário um somatório de fatores orgânicos e biológicos com os fatores ambientais. Entre esses fatores, poderíamos citar os hormônios do crescimento, da tireóide e sexuais, alimentação adequada, atividade física, estímulos psicológicos e emocionais e ausência de enfermidades como sendo os mais relevantes.
Quando todos esses aspectos positivos estão presentes no cenário, na intensidade e hora desejadas, o crescimento e desenvolvimento ocorrem normalmente.
O hormônio do crescimento é uma peça fundamental no desenvolvimento da estatura humana. Portanto, sua falta absoluta ou relativa vai influenciar negativamente esse aspecto. O uso terapêutico do hormônio pode corrigir essa falha, quando aplicado no tempo certo e nas doses corretas.
Com o desenvolvimento da puberdade em ambos os sexos e a elevação dos hormônios sexuais, tem início uma fase de crescimento mais rápida. Com o passar do tempo, a velocidade de crescimento é gradativamente reduzida, até parar por completo. Portanto, para uma criança que tenha deficiência do hormônio do crescimento, o uso terapêutico deve ser iniciado antes da puberdade, ainda na fase de atraso no desenvolvimento ósseo, para que se possa obter o melhor benefício do tratamento. Na fase final da puberdade, com fechamento das epífises ósseas indicando cessação no crescimento, o custo-benefício do tratamento torna-se quase nulo. Na vida adulta, não existe indicação do hormônio com finalidade específica de proporcionar crescimento.
A necessidade de administração do hormônio do crescimento é determinada pelo endocrinologista após uma avaliação clínica detalhada, para verificar se existe alguma deficiência nutricional, hormonal ou por qualquer outra causa que justifique o tratamento. Ele é feito com aplicações subcutâneas do hormônio do crescimento, de seis a sete vezes por semana, em geral à noite, antes de dormir.
[CH 184 – julho/2002]
José Egídio Paulo de Oliveira
DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA,
FACULDADE DE MEDICINA,
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
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