quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Botânica Online

BOTED - Pesquisa: atualização da equipe, dos projetos atualmente desenvolvidos e publicações
(atualizado em 17.10.2010)

Caros colegas estudantes, professores e outros interessados em ensino-aprendizagem de Botânica e Cia.
 
O presente espaço é vinculado ao
BOTED (Grupo de Pesquisa e Extensão Botânica na Educação, IB-USP)
e tem como principais objetivos divulgar as atividades do grupo, bem como ser um `ponto de encontro virtual`.
 
Pretendemos, a princípio, disponibilizar materiais, divulgar eventos, promover debates e desenvolver uma rede de pessoas interessadas em trocar experiências.
 
Imagino que a criação dessa rede de contatos permitirá ampliar o campo de atuação de nosso espaço virtual, incluindo novas atividades elaboradas a partir das idéias de colaboradores.
 
Entre em contato conosco e faça parte desse esforço para promover a reflexão sobre o ensino-aprendizagem de botânica: contato@botanicaonline.com.br.
 
Um assunto tão encantador merece nossa atenção!
 
Suzana Ursi
Organizadora

Pesquisador - Cadrastre-se para acessar a `Página Restrita`, espaço destinado à troca de artigos, dissertações, teses, relatos de pesquisa, entre outros.

http://www.botanicaonline.com.br/

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Biologia Cultural - parte 7 de 8

Biologia Cultural - parte 5 de 8

Biologia Cultural - parte 4 de 8

Biologia Cultural - parte 8 de 8

Biologia Cultural - parte 6 de 8

Biologia Cultural - parte 3 de 8

Biologia Cultural - parte 2 de 8

Biologia Cultural - parte 1 de 8

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

UNESPCIÊNCIA

Este é o blog da revista Unesp Ciência, publicação mensal de divulgação científica da Universidade Estadual Paulista. Bem-vindos a bordo da aventura que é fazer ciência e escrever sobre ela.
http://www2.unesp.br/revista/

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Novo Enem

Novo Enem: Leitura de gráficos e tabelas

CICLOS BIOGEOQUIMICOS

Importância dos decompositores

Novo Enem: Dicas para uma boa redação

Biologia - Respiração celular

meiose

Biologia - Mitose

Aula 05 - BIologia - Evolução das espécies

As saúvas - Uma sociedade de formigas (parte 2)

As saúvas - Uma sociedade de formigas (parte 1)

O Terror das Bactérias

Extração do DNA de Ervilha.wmv

Vida Dos Ciliados

Vida Das Amebas

Os eucariontes unicelulares

Aula de Diversidade biológica e Filogenia: Coanoflagelados

Aula de Diversidade biológica e Filogenia: Coanoflagelados

Estrutura dos seres vivos

PLANO DE TRABALHO DOCENTE - PDT

 

     O Plano de Trabalho Docente - PTD - é a forma de o professor se organizar para ministrar suas aulas. Parte dos professores já o pratica, muitos anotam num caderno todo o conteúdo que passarão para o aluno, porém os professores mais experientes nem precisariam disso. Entretanto, hoje, é uma exigência para o bom acompanhamento dos conteúdos escolares.

Profº Crescêncio Ribeiro dos Santos
C.E. La Salle - Pato Branco

  - O que é um PTD?

     É um documento que registra o que se pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que fazer e com quem fazer;

  - É o mesmo que planejamento e plano de aula?

      É uma diretriz para as ações educacionais do professor;

  - Como ele é construído? Que variáveis precisam ser consideradas nesse momento?

§                             Plano é a formalização dos diferentes momentos do processo de planejamento;
§                             É a apresentação sistematizada e justificada das decisões tomadas.
§                             Implica no registro escrito e sistematizado do planejamento do professor;
§                             Antecipa a ação do professor, organizando o tempo e o material de forma adequada;
§                             É um instrumento político e pedagógico que permite a dimensão transformadora do conteúdo.
§                             Permite uma avaliação do processo de ensino e aprendizagem;
§                             Possibilita compreender a concepção de ensino-aprendizagem e de avaliação do professor;
§                             Orienta /direciona o trabalho do professor
§                             Requer conhecimento prévio da Proposta Pedagógica Curricular;
§                             Pressupõe a reflexão sistemática da prática educativa.

  - Tem um formato específico?

      1. Conteúdos específicos
      2. Justificativa
      3. Encaminhamentos metodológicos (métodos, recursos, estratégias)
      4. Avaliação (critérios, instrumentos)
      5. Referências

1. Conteúdos específicos: O professor organiza a escolha dos conteúdos, trabalhando de forma contextualizada e atualizada, possibilitando ao aluno estabelecer relações e análises críticas sobre ele.

2. Justificativa: Explicita a escolha dos conteúdos estruturantes e específicos como opção política, educativa e formativa.

3. Encaminhamentos metodológicos: O conjunto de determinados princípios, métodos, recursos e estratégias para chegar aos objetivos; o processo de investigação teórica e de ação prática.

4. Avaliação: seleção de instrumentos e definição de critérios que estabelecem os propósitos e a dimensão do que se avalia. Para cada conteúdo específico é preciso ter claro o que se deseja ensinar, desenvolver e, portanto, avaliar.

5. Referências: permitem perceber em que material e em qual concepção o professor vem fundamentando seu conteúdo. Fundamentar conteúdos de forma historicamente situada implica buscar outras referências além dos livros didáticos.

Dimensão Legal:


§                            Ele aparece no Artigo 13, II e IV da LDB como Plano de Trabalho que deve ser feito pelo professor, isso justifica o termo Plano de Trabalho Docente.
§                            É dever do professor elaborar o Plano de Trabalho Docente e trabalhar pelo seu cumprimento em consonância com a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, com os princípios norteadores das políticas educacionais da Secretaria de Educação que trabalha e com a legislação vigente para a Educação Nacional.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

É verdade que café com leite diminui o raciocínio?

Não. Ao contrário. O café possui 1% a 2% de cafeína, substância que estimula a atividade intelectual, a memória e o raciocínio, melhorando inclusive o aprendizado escolar.
O segredo está na dosagem: esses benefícios podem ser sentidos desde que se tome café com moderação. Entenda-se por moderação três a quatro xícaras ao longo do dia – nunca à noite –, conforme a tabela abaixo.
Além da cafeína, o café possui em maior quantidade ácidos clorogênicos, que bloqueiam o desejo de autogratificação proporcionado por opiáceos (drogas à base de ópio) que pode levar à depressão e ao consumo de drogas.
O café pode ser tomado puro ou com leite, o que apenas aumentaria seu valor nutritivo, algo importante para crianças e idosos.
Por isso, seu consumo diário e moderado é um hábito saudável e recomendado para melhorar o raciocínio e o estado emocional das pessoas. Nossas pesquisas, efetuadas durante mais de 10 anos, permitiram estipular dose e horário certos para o consumo de café por adultos e crianças, com organismos sadios, conforme o esquema a seguir. É importante lembrar que cada xícara pequena possui 50 ml de café e que a xícara grande tem 150 ml se cheia e cerca de 100 ml se quase cheia (meia taça).
[CH 170 – abril/2001]

Darcy Roberto Lima
INSTITUTO DE NEUROLOGIA DEOLINDO COUTO,
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Por que o ato de pensar e aprender é tão exaustivo? Que energia é essa que gastamos para conseguir formular um pensamento ou aprender um conceito? Por que nos recuperamos mais depressa de um trabalho físico do que de um trabalho intelectual?

O cérebro consome energia para a realização de tarefas, assim como todo o resto do organismo. Essa energia vem da quebra de moléculas, principalmente a glicose.
Seja para realizar um ato de pensamento ou um de esforço conceitual, a energia utilizada será proporcional ao número de neurônios (células nervosas) envolvidas no processo.
Nada indica que aprender requeira mais energia do que subir uma ladeira. No entanto, o trabalho cerebral pode exigir um número muito maior de etapas de processamento neuronal do que a simples execução de um programa muscular já conhecido ou fácil.
Imaginar qualquer relação entre atividade mental e consumo de energia é o mesmo que perguntar se um motorista gasta mais gasolina se estiver dirigindo com prudência e habilidade do que se estiver conduzindo seu carro de maneira deselegante e perigosa. No limite, pode haver uma relação entre dirigir com graça e elegância e consumir menos energia. Da mesma forma, o indivíduo que gasta mais energia para pensar pode estar realizando alguma tarefa acima de sua capacidade ou de dificuldade exagerada.
Não há uma relação importante entre gasto de energia, sensação subjetiva de exaustão (que depende também de outros fatores) e processamento mental – este em oposição ao processamento de planos motores, como os envolvidos em um exercício físico.
É possível que a leitora esteja impressionada com alguma sensação própria, individual, procurando generalizar algo que varia enormemente de caso para caso.

[CH 133 – novembro/1997]

Henrique Schützer
Del Nero
PSIQUIATRA, COORDENADOR DO GRUPO DE CIÊNCIA
COGNITIVA DO INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS
DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Que fatores permitem que dois ossos articulados possam se mover sem muito atrito?

Se não houvesse estrutura articular, a mobilidade do esqueleto seria inviável devido ao desgaste dos ossos e às dores que certamente acompanhariam os movimentos. Nas extremidades dos ossos, existe uma estrutura complexa chamada cartilagem, capaz de permitir o deslizamento das estruturas ósseas. Essa cartilagem, portanto, deve ser preservada, tomando-se cuidados para que ela não sofra agressões, já que ela tem uma capacidade de regeneração muito pequena e até mesmo duvidosa.
Alguns fatores capazes de degenerar a estrutura articular são o excesso de peso corporal e os processos inflamatórios. O excesso de peso faz com que essas estruturas sofram uma pressão excessiva e contínua, levando ao desgaste precoce da estrutura cartilaginosa. Já os processos de dor
articular devem ser investigados e tratados rapidamente, evitando que se instale uma inflamação crônica e, portanto, mais agressiva.
Alguns fatores, porém, auxiliam a estrutura articular, proporcionando-lhe estabilidade e evitando o desgaste. No caso dos joelhos, os meniscos atuam como verdadeiros amortecedores, diminuindo o atrito sobre a cartilagem. Outros estabilizadores importantes são os ligamentos, que permitem que a articulação se movimente dentro de um eixo específico, impedindo seu desgaste.

[CH 147 – janeiro/fevereiro/1999]

Eduardo Azzi
DEPARTAMENTO DE CIRURGIA,
UNIVERSIDADE GAMA FILHO/RJ

Como o aspecto emocional de uma pessoa influencia no desencadeamento do câncer?

Hoje conhecemos muito mais sobre as interações neuroimunoendócrinas, ou seja, as relações entre o sistema nervoso (que, entre outras funções, processa as emoções); o sistema imune (que nos protege contra infecções e contra o aparecimento de células cancerosas) e o sistema endócrino (que através da produção de hormônios integra e regula as atividades do nosso corpo).
Entre as células do sistema imune existe um tipo conhecido como NK (Natural Killer), capazes de destruir sem imunização (vacinação prévia) microrganismos intracelulares, células tumorais e infectadas por vírus. A célula NK não age efetivamente contra uma grande massa tumoral, mas é capaz de destruir células isoladas.
Por isso, é fundamental impedir a proliferação inicial do tumor para limitar o surgimento de metástases (tumor secundário, disseminado a distância por meio de células tumorais que caem na circulação sangüínea).
Hormônios e neurotransmissores, cuja produção é desencadeada por emoções positivas ou negativas, são responsáveis por regular as células NK. Os glicocorticóides, por exemplo, liberados em situações de estresse, podem inibir a atividade das NK, enquanto a endorfina pode aumentar a sua ação. Assim, fortes alterações emocionais podem indiretamente influenciar o desenvolvimento do câncer.

[CH 192 – abril/2003]

Vivian Rumjanek
DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA MÉDICA,
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS,
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O estresse pode causar reações alérgicas na pele?

Os distúrbios emocionais funcionam como importantes fatores que agravam ou desencadeiam doenças alérgicas.
No entanto, muito raramente eles são a causa do problema. Nas alergias respiratórias como rinite e asma, por exemplo, podemos observar claramente o início das crises ou o agravamento dos sintomas após situações de estresse, ansiedade ou emoções fortes.
Isso também é comum nas urticárias, quando se estabelece um círculo vicioso: o fator emocional desencadeia o prurido e este leva ao estresse e à ansiedade.
Por outro lado, situações de estresse intenso, como a morte de um parente querido, podem levar a uma depressão imunológica significativa e, conseqüentemente, ao aparecimento da doença.

[CH 196 – agosto/2003]

Fábio Castro
SERVIÇO DE ALERGIA E IMUNOLOGIA,
FACULDADE DE MEDICINA,
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Quais os males da vitamina C em excesso?

A vitamina C é considerada uma das substâncias mais seguras da farmacopéia. No entanto, seu uso em altas doses por tempo prolongado pode levar à formação de cálculos renais, devido ao acúmulo de um de seus derivados, o ácido oxálico. Outra contra-indicação do uso prolongado de altas doses é o aumento da absorção de ferro pelo intestino, levando a uma intoxicação por excesso desse elemento. Doses elevadas (2g ao dia) apenas com fim terapêutico, ou seja, por alguns dias, normalmente não ocasionam problemas.

[CH 154 – outubro/1999]

Mauro Antonio Griggio
ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA,
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

A vitamina C de fato evita gripes e resfriados?

Centenas de artigos científicos foram publicados, nos últimos 20 anos, sobre esse assunto. Acredita-se hoje,
com base em estudos consistentes, que o uso preventivo de vitamina C – ou ácido ascórbico – não tem efeito significativo na redução da incidência de resfriado e gripe. Em algumas pesquisas, o percentual de indivíduos doentes diminuiu, de forma discreta, mas não se pode afirmar se isso ocorreu por um efeito biológico da vitamina ou se é apenas um desvio estatístico.
Estudos
linfócitos T e das células natural killer (outros tipos de leucócitos). Estudos clínicos em indivíduos sadios e doentes são poucos e em geral sem os controles adequados. Não existe ainda qualquer comprovação experimental da hipótese de que doses elevadas de vitamina C tornariam as pessoas menos suscetíveis a infecções – essa suplementação tem pouco efeito sobre a concentração de anticorpos no sangue. Essa vitamina, porém, tem reconhecidos efeitos antioxidantes, ajudando a eliminar os chamados “radicais livres” (radicais químicos muito reativos, que podem causar danos a células e tecidos do corpo).
Quanto ao uso terapêutico da vitamina C, sua ingestão regular não é necessária para o alívio do resfriado comum. Ao contrário, alguns especialistas afirmam que o excesso dessa vitamina poderia ter efeitos colaterais tóxicos. Ela é um nutriente essencial, não sintetizado pelo organismo humano, e por isso deve ser
ingerida diariamente, para a manutenção de um estoque corporal. No entanto, já está presente em diversos alimentos, como verduras, frutas cítricas e tomate, e uma dieta bem balanceada é suficiente para suprir as necessidades nutricionais.
[CH 187 – outubro/2002]

Antonio Zuliani
DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA,
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU,
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
in vitro, porém, revelam que essa vitamina favorece a resposta imunológica celular, em especial acelerando a proliferação dos leucócitos (glóbulos brancos) polimorfonucleares e potencializando a ação dos

Como é feita a produção industrial de insulina?

A insulina, hormônio produzido pelas células beta do pâncreas e medicamento essencial ao tratamento da diabetes, pode ser produzida industrialmente de várias maneiras.
A partir de pâncreas de mamíferos, em geral boi e porco, ou a partir de microrganismos (bactérias ou leveduras) modificados por engenharia genética.
O pâncreas congelado é moído e adicionado a uma solução alcoólica para extração da insulina. Depois de várias etapas de filtração e evaporação do álcool, a insulina é precipitada pela adição de sal à solução final. Após cristalização, é transformada em insulina humana por meio de uma reação catalisada por enzimas. Em
seguida, é purificada em colunas cromatográficas para eliminar proteínas contaminantes.
Altamente purificada, a insulina é então cristalizada na presença de zinco.
Quando se usam bactérias ou leveduras modificadas por engenharia genética, um precursor da insulina é obtido inicialmente na fase de fermentação. Essa proteína precursora é coletada por filtração, quando se usa levedura, ou através do rompimento das bactérias seguido de centrifugação e filtração. Uma vez obtido,
esse precursor sofre diferentes reações químicas e enzimáticas para sua transformação em insulina. Também nesse caso a insulina passa por várias cromatografias visando à obtenção de um produto altamente purificado para cristalização na presença de zinco.
Independente da origem – células de mamíferos ou de microrganismos –, os cristais de insulina são dissolvidos para a preparação de remédios de ação rápida ou cristalizados para ter ação lenta, atendendo às diferentes necessidades dos pacientes diabéticos.
[CH 132 – outubro/1997]

Luciano Vilela
DEPARTAMENTO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
DA BIOQUÍMICA DO BRASIL (BIOBRÁS)

É verdade que as pessoas nascem com um estoque determinado de insulina e que, esgotado esse estoque, ela só pode ser reposta artificialmente?

diabetes mellitus [Report of the Expert Committee on the Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus. Diabetes Care, 23 (Supl. 1): S4-S23, 2000] e não faz qualquer menção a respeito da questão apontada pelo leitor. Em um indivíduo sadio, a insulina é produzida continuamente durante toda a vida, pelas células beta das ilhotas de Langerhans. No diabetes tipo 1, ocorre uma destruição das células beta, o que torna o paciente dependente de insulina por toda a vida. No diabetes tipo 2, que surge mais comumente na maturidade, a insulina é produzida mas o organismo oferece resistência a ela.
Recentemente, a Associação Norte-americana de Diabetes (ADA) publicou um documento sobre diagnóstico e classificação do
Nesse caso, o tratamento consiste na redução do peso corporal (se o indivíduo for obeso) e, quando necessário, no uso de um hipoglicemiante oral. Se essas condutas não forem eficazes, recorre-se à insulinoterapia.


[CH 188 – novembro/2002]


Enio Cardillo Vieira


DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E IMUNOLOGIA,
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

Como a glicose combate ou diminui os efeitos do álcool?

Apesar de a administração de soro glicosado em pacientes com sinais de alcoolismo nos serviços de emergências ser um procedimento comum, não há provas de que a glicose acelere diretamente a metabolização do álcool. Mas há alguns efeitos que podem ser considerados benéficos. Em pacientes com alimentação precária ou doença hepática, por exemplo, o álcool acentua o bloqueio da gliconeogênese (a produção de glicose pelo fígado), provocando uma redução do “açúcar“ no sangue (hipoglicemia), que pode ser revertida pela administração da glicose. Por outro lado, o líquido administrado por via venosa junto com a glicose pode melhorar o estado de desidratação do indivíduo, facilitando a eliminação do álcool.

[CH 197 – setembro/2003]

 Adolpho Milech
FACULDADE DE MEDICINA,
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Qual o tempo médio para absorção dos nutrientes contidos em alimentos como um chá, uma barra de chocolate ou uma fatia de carne?

Os alimentos, em geral, inclusive os citados acima, fornecem em proporções variáveis água, eletrólitos, vitaminas, proteínas (aminoácidos, di e tripeptídeos), carboidratos (monossacarídeos – hexoses e pentoses) e lipídios (triglicerídeos – glicerol e ácidos graxos).
O tempo de absorção dos nutrientes varia de acordo com o predomínio de um ou outro na composição da dieta. Existe uma inter-relação entre as diversas absorções, o que torna difícil a definição de um tempo específico para a absorção de cada tipo de nutriente. Mesmo dentro de um mesmo grupo de alimentos, podemos observar diferenças na velocidade de absorção. No entanto, em quatro ou cinco horas praticamente todo o alimento ingerido terá sido absorvido.
O alimento vai da boca ao estômago em cerca de 10 segundos e, em uma dieta balanceada, passa do estômago para o duodeno (primeira porção do intestino delgado, onde a absorção de nutrientes se processa mais intensamente), em cerca de duas a três horas. Dietas gordurosas tornam mais lento o tempo de passagem do alimento do estômago para o duodeno. Como conseqüência, o tempo necessário para digestão e absorção aumenta. As dietas ricas em carboidratos (chamadas glicídicas) são mais facilmente absorvidas. Alguns elementos, como a água, permanecem sendo absorvidos por todo o tempo, mesmo no intestino grosso, o que explica as fezes duras e ressequidas da constipação crônica.
[CH 175 – setembro/2001]

Milton Melciades
Barbosa Costa
DEPARTAMENTO DE ANATOMIA,
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Que problemas de saúde a prática de mergulho pode trazer?

Existem três modalidades de mergulho: amador ou desportivo, técnico e profissional. Este último também é considerado um mergulho técnico e está relacionado a alguma atividade como, por exemplo, a exploração de petróleo.
Quanto mais complexo for o tipo de mergulho, maior é o número de exigências para exercê-lo. Os interessados em quaisquer dessas modalidades devem submeter-se a uma avaliação física detalhada e receber treinamento para maximizar a segurança e evitar danos à saúde.
O homem vive sob o peso dos gases da atmosfera. No nível do mar, a pressão é de 760 mmHg ou 1 ATA (atmosfera absoluta). Quando mergulhamos, adicionamos ao peso dos gases o peso d’água sobre nós. Como a água é mais densa que o ar, a cada 10 m de profundidade o mergulhador sofre a ação de 1 ATA. Assim, ao mergulhar 20 m, o indivíduo sofre a ação de 3 ATA (20 m = 2 ATA + 1 ATA da atmosfera).
O aumento da pressão ambiental pode provocar lesões chamadas barotraumas, devidas à diferença de pressão entre o meio externo e as cavidades internas do corpo. Como estas não têm comunicação com a parte externa, as pressões não se equilibram e esses espaços podem ser comprimidos, provocando dor e desconforto progressivos. Os barotraumas podem comprometer ouvidos, seios da face, dentes e pulmões.
A diferença de pressão também pode causar paralisia facial ou ainda a síndrome da hiperdistensão pulmonar. Esta decorre da expansão do volume de gases no pulmão, quando há diferença de pressão entre esse órgão e o meio externo. Durante o mergulho autônomo (com utilização de cilindro), o ar que se respira é comprimido. Se o mergulhador prende a respiração e se desloca para uma área menos profunda, o ar se expande exageradamente nos pulmões (por diminuição da pressão externa), podendo causar rompimento dos alvéolos e pneumotórax. Por isso, uma regra básica do mergulho autônomo é respirar continuamente, sem prender a respiração, sobretudo na subida em direção à superfície.
Outra causa de lesão é a chamada doença descompressiva. O regime de pressão alta faz com que o nitrogênio do ar respirado se dissolva nos tecidos.
A quantidade absorvida depende da profundidade e do tempo do mergulho, ou seja, quanto maior a profundidade, menor deve ser o tempo de mergulho.
Se há nitrogênio em excesso nos tecidos e no sangue circulante, bolhas de nitrogênio se formam por descompressão rápida durante a subida – situação comparável à formação de bolhas quando se abre um refrigerante. Os sintomas podem variar entre formigamento, perda de sensibilidade e dores articulares até paralisia, insuficiência respiratória, inconsciência e choque, que podem levar à morte.
A osteonecrose asséptica e a narcose por nitrogênio são também lesões causadas pela diferença de pressão entre o meio aquático e o corpo do mergulhador.
A primeira consiste no entupimento dos vasos que irrigam os ossos devido à formação de bolhas; a segunda, provocada pelo aumento de nitrogênio no sangue, pode evoluir para crises convulsivas e desmaio, já que, sob pressão, esse gás tem efeito anestésico.
Além dos barotraumas, o mergulhador está exposto também à hipóxia (diminuição da quantidade de oxigênio no sangue) e à hipotermia, que decorre da variação de temperatura (em regiões mais profundas, costuma ser baixa). No ambiente aquático, o indivíduo pode ainda ser vítima de afogamento, de lesões causadas por toxinas e de feridas que comprometem a integridade da pele e dos músculos. Por essas razões, ao mergulhar, nunca devemos nos esquecer de que a água não é o nosso meio natural, além de tomar todas as precauções necessárias.

[CH 189 –dezembro/2002]                                                                                                                                                                                                        

Flávio Lopes Ferreira
ESPECIALISTA EM MEDICINA
HIPERBÁRICA, MERGULHADOR
DO CENTRO DE AVENTURAS (BELO HORIZONTE)

Como age a aspirina? A substância é totalmente eliminada ou parte dela permanece no organismo?

O ácido acetilsalicílico (AAS) ou aspirina é o protótipo de um grande grupo de medicamentos com propriedades analgésica, antipirética e antiinflamatória. Esses efeitos decorrem da inibição da enzima ciclo-oxigenase dos ácidos graxos (COX), responsável pelo início da síntese de prostaglandinas (PGs), tromboxanas (TXAs) e prostaciclinas (PGIs), que podem ser produzidas praticamente por qualquer célula do nosso organismo. As PGs são responsáveis pelo aumento do fluxo sangüíneo e vermelhidão e pela sensibilização à dor das terminações nervosas sensitivas em locais inflamados (hiperalgesia). Além disso, sua produção no hipotálamo determina a elevação da temperatura corporal. Assim, o AAS, ao inibir a síntese de PGs, reduz a vermelhidão e o edema no local inflamado, abole a hiperalgesia e reduz a temperatura ao normal. Dor de dente, dor de cabeça e dor lombar são exemplos de hiperalgesia.
Uma característica particular do AAS é a irreversibilidade da inibição da COX. As células intactas recuperam-se graças à sua capacidade de produzir COX de novo.
O mesmo não ocorre nas plaquetas ou trombócitos, que são fragmentos de célula, impedindo permanentemente a síntese de TXA até que novas plaquetas sejam produzidas.
A formação de coágulos em áreas onde a parede vascular foi lesada depende inicialmente da agregação de plaquetas, que é estimulada pela TXA. A célula da parede vascular produz PGI, que é inibidora da agregação plaquetária ou formação de trombo. Após ingestão de um só comprimido de AAS, todo o salicilato levará cerca de 20 horas para ser eliminado. O efeito antitrombocitário persiste, entretanto, até sete dias, porque as células endoteliais que forram a parede vascular se recuperaram com a síntese de nova COX, mas não as plaquetas.
[CH 146 – janeiro/fevereiro/1999]

Dalton Luiz Ferreira Alves
DEPARTAMENTO DE FARMACOLOGIA,
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

O que é a dor? Como ela acontece e o que se pode fazer para aliviá-la?

A dor é um fenômeno subjetivo caracterizado por reações individuais. Aspectos psíquicos, físicos e sociais – como sexo e nacionalidade, por exemplo – determinam a intensidade dessas reações que dependem, essencialmente, das memórias que cada indivíduo tem a respeito da dor em sua vida. Por isso, as respostas aos estímulos dolorosos são tão particulares e variáveis.
A dor ocorre toda vez que um agente físico atinge algum segmento do nosso organismo, provocando uma lesão que pode variar de insignificante a definitiva, dependendo de sua intensidade. Tal lesão é capaz de excitar determinados grupos de células que, por sua vez, levam o estímulo ao cérebro, provocando uma imediata sensação desagradável – a dor – e reações nos tecidos, como vasodilatação ou vasoconstricção, taquicardia e elevação da pressão arterial.
Para diminuir esses efeitos, existem técnicas que bloqueiam a viagem dos estímulos dolorosos até o cérebro. Tais técnicas podem ser divididas em químicas (medicamentos que bloqueiam os receptores cerebrais da dor, como analgésicos de modo geral), mecânicas (cirurgias que visam a interromper a via de condução da dor e consistem na seção ou cauterização de centros nervosos específicos, assim como na estimulação de outros centros capazes de liberar na corrente sangüínea neurohormônios ou endorfinas, que funcionam como analgésicos naturais) e físicas (utilização de calor ou frio, como na fisioterapia).
[CH 182 – maio/2002]

Carlos Telles
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS,
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

A morte é inevitável para todos os seres vivos ou existem alguns que não passam pelo ciclo de envelhecimento e morte?

A morte faz parte do ciclo da vida, assim como o envelhecimento.
As estruturas e funções de um organismo, logo após o nascimento, mostram-se freqüentemente em um estado que não é aquele que será exibido quando o indivíduo atingir a maturidade.
O processo de maturação de alguns sistemas, como o sistema nervoso por exemplo, é bastante lento em algumas espécies. Os mecanismos da maturação são bastante complexos e alguns não são bem conhecidos.
Portanto, é difícil estabelecer com clareza critérios que permitam identificar o final da maturação e o início do processo de envelhecimento. Na verdade, trata-se de um desenvolvimento contínuo que atinge um patamar, a que costumamos denominar “vida adulta”, e a partir dele inicia-se o envelhecimento. É importante notar que os diversos sistemas orgânicos – digestivo, respiratório, circulatório
etc. – apresentam diferentes estágios de desempenho ao longo desse processo, e podem mostrar sinais de maturação e/ou envelhecimento em momentos diferentes quando comparados entre si.
Existem espécies de organismos menos diferenciados, como unicelulares e esponjas, por exemplo, que podem reproduzir-se por divisão simples de um único indivíduo, ou então, por brotamento de partes do corpo de um indivíduo inicial. Nesses casos, pode-se considerar que não há morte do indivíduo original, porque é seu próprio corpo que se divide e dá origem a outros indivíduos, precisamente iguais a ele.
[CH 185 – agosto/2002]


Mirian David Marques
MUSEU DE ZOOLOGIA,
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

O hormônio do crescimento faz realmente com que uma pessoa adulta atinja uma estatura superior?

Todos nós herdamos informações genéticas de nossos pais,que indicam um potencial final de crescimento. Para atingirmos esse potencial é necessário um somatório de fatores orgânicos e biológicos com os fatores ambientais. Entre esses fatores, poderíamos citar os hormônios do crescimento, da tireóide e sexuais, alimentação adequada, atividade física, estímulos psicológicos e emocionais e ausência de enfermidades como sendo os mais relevantes.
Quando todos esses aspectos positivos estão presentes no cenário, na intensidade e hora desejadas, o crescimento e desenvolvimento ocorrem normalmente.
O hormônio do crescimento é uma peça fundamental no desenvolvimento da estatura humana. Portanto, sua falta absoluta ou relativa vai influenciar negativamente esse aspecto. O uso terapêutico do hormônio pode corrigir essa falha, quando aplicado no tempo certo e nas doses corretas.
Com o desenvolvimento da puberdade em ambos os sexos e a elevação dos hormônios sexuais, tem início uma fase de crescimento mais rápida. Com o passar do tempo, a velocidade de crescimento é gradativamente reduzida, até parar por completo. Portanto, para uma criança que tenha deficiência do hormônio do crescimento, o uso terapêutico deve ser iniciado antes da puberdade, ainda na fase de atraso no desenvolvimento ósseo, para que se possa obter o melhor benefício do tratamento. Na fase final da puberdade, com fechamento das epífises ósseas indicando cessação no crescimento, o custo-benefício do tratamento torna-se quase nulo. Na vida adulta, não existe indicação do hormônio com finalidade específica de proporcionar crescimento.
A necessidade de administração do hormônio do crescimento é determinada pelo endocrinologista após uma avaliação clínica detalhada, para verificar se existe alguma deficiência nutricional, hormonal ou por qualquer outra causa que justifique o tratamento. Ele é feito com aplicações subcutâneas do hormônio do crescimento, de seis a sete vezes por semana, em geral à noite, antes de dormir.
[CH 184 – julho/2002]


José Egídio Paulo de Oliveira
DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA,
FACULDADE DE MEDICINA,
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Faz mal praticar exercícios em piscina de água quente?

Os exercícios físicos produzem calor como resultado do consumo de energia que a atividade requer, e esse
calor pode ser armazenado no corpo ou dissipado no ambiente.
Um ‘termostato’ cerebral controla a temperatura ideal do organismo a cada momento: se o corpo está esfriando, ele age para armazenar calor internamente; se há sinais de que a temperatura corporal está aumentando, procura dissipar calor no ambiente. No ser humano, o armazenamento de calor acontece por
meio da redução do fluxo de sangue para a superfície (palidez da pele) e da produção de calor através do tremor. Para dissipar calor, o “termostato” manda mais sangue para a pele e produz suor, que, se evaporado, retira calor da pele e resfria o sangue que está passando por ela.
Quanto mais a temperatura da água de uma piscina se aproximar da temperatura da pele (aproximadamente 32°C), mais agradável será permanecer nela em repouso. No entanto, quanto mais aquecida for a água, menor a capacidade do organismo de dissipar o calor produzido durante os exercícios, pois haverá menos troca por convecção e não haverá evaporação do suor. É como realizar exercícios no ambiente quente e úmido de uma floresta tropical. O acúmulo de calor interno resulta na aceleração dos batimentos cardíacos e em sintomas como tontura, mal-estar e desmaio, devidos à queda da pressão arterial, casada pelo desvio de parte do sangue para a pele. Assim,para evitar esses efeitos indesejáveis, quanto maior o gasto de energia da atividade física, menor deve ser o aquecimento da piscina.
[CH 199 – novembro/2003]

Luiz Oswaldo Carneiro Rodrigues
ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA
OCUPACIONAL, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

Por que quando uma pessoa de pele clara se expõe muito tempo ao Sol fica com a pele avermelhada?

As pessoas de pele clara reagem com maior intensidade a menores doses de radiação ultravioleta em comparação com as de pele escura, por isso ficam com a pele vermelha com mais facilidade. Característico da queimadura solar, o aspecto avermelhado decorre de reação inflamatória aguda devido à vasodilatação e permeação através desses vasos de células leucocitárias. A principal radiação responsável pela queimadura solar é ultravioleta B (UVB), que tem ação restrita à epiderme e promove lesão de células epiteliais, com liberação de prostaglandinas (substâncias vasodilatadoras).
Na queimadura solar, além do eritema (vermelhidão), há também edema (inchaço) e ardor local. Nos casos de intensa exposição ao Sol podem surgir bolhas. De modo geral, o eritema surge entre duas e oito horas após exposição intensa e atinge seu ponto máximo em 24 horas, regredindo em seguida.
A radiação ultravioleta A (UVA) atravessa a epiderme e, na derme,vai atuar promovendo vasodilatação e eritema. É a radiação responsável pela pigmentação tardia, ou seja, pelo escurecimento da pele. Também promove degeneração do colágeno, sendo responsável pelo envelhecimento cutâneo. Cabine de bronzeamento tem radiação UVA, que não deixa a pele vermelha, mas causa câncer e envelhecimento. O escurecimento cutâneo é uma característica genética, ou seja, quem tem pele clara nunca conseguirá escurecer. O risco de câncer de pele é 20 vezes maior para os indivíduos de pele clara em relação às pessoas de pele negra. A radiação ultravioleta promove nas células epidérmicas quebra das cadeias do DNA, que são reparadas por mecanismos enzimáticos. Todas as vezes em que nos expomos à radiação solar estamos provocando danos no DNA. Quando isso ocorre de forma crônica, a partir de certo momento a reparação se dá de maneira imperfeita, favorecendo o aparecimento de tumores. O efeito cumulativo da exposição solar promove, após alguns anos, o aparecimento de lesões degenerativas da pele.
A exposição exagerada à radiação solar também causa diminuição da resposta imunológica, aumentando a suscetibilidade às infecções. A exposição solar é prejudicial em qualquer horário do dia. Das 10h às 16h, a incidência de UVB é maior (causa vermelhidão na pele e câncer); já a radiação UVA está presente durante todo o dia (causa envelhecimento cutâneo e câncer).
[CH 197 – setembro/2003]

André Luiz Vergnanini
SERVIÇO DE DERMATOLOGIA,
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS