segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O DNA pode ser obtido a partir de impressões digitais?


Há no genoma repetições de seqüências curtas de DNA (código genético) altamente variáveis, chamadas microssatélites.
Com base no estudo de uma bateria de 12-20 mocrossatélites, é possível obter perfis genéticos praticamente indivíduoespecíficos, muito úteis na identificação de vítimas e criminosos.Nature, de 19 de junho passado, os cientistas australianos Roland van Oorschot e Maxwell Jones reportaram sucesso na obtenção de perfis genéticos a partir de impressões digitais. Amostras obtidas de cabos de faca, copos e telefones, por exemplo, permitiram que se fizesse o perfil genético de pessoas que haviam tocado nesses objetos.
Com o desenvolvimento da reação em cadeia da polimerase (PCR), técnica baseada na amplificação exponencial do número de moléculas de DNA, alcançamos sensibilidade para estudar mocrossatélites e obter perfis genéticos em quantidades mínimas de DNA. Hoje é possível obter o perfil genético de uma pessoa a partir, por exemplo, do filtro de um cigarro ou de um selo ou envelope que ela tenha lambido. Em ambos os casos um pequeno número de células epiteliais dos lábios fica preso no papel. Aliás, o terrorista que colocou uma bomba no World Trade Center, em Nova York, foi identificado a partir de um envelope.
No número 387 da revista
Essa descoberta poderá nos proporcionar uma ferramenta muito importante em criminalística.
Por outro lado, tais resultados demonstram a necessidade de cautela na interpretação de perfis genéticos a partir de quantidades muito pequenas de DNA em crimes, já que o manuseio sem luvas pode levar a contaminação inadvertida de peças de evidência.

MEC/CHC

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